quem é a fêmea feroz?
uma mulher que não tem autorização pra se expressar nas próprias redes sociais sob a pena ter sua fonte de subsistência e vida pública comprometidas, mas que tem muita coisa pra compartilhar.
essa alcunha é um chiste pois é através do anonimato que consigo colocar pra fora a “ferocidade” que existe em mim e nos meus posicionamentos.
esse signo também surge de um movimento de aproximação com a realidade corporificada e, portanto, com o animal invisibilizado que existe em cada ser humano e, sobretudo, cada mulher.
esse retorno às origens, presente nas leituras ecofeministas que me são tão caras, nos chama para o questionamento da díade ser humano x natureza, que sustenta todo o modo de exploração a qual estamos sujeitas desde a consolidação do patriarcado primitivo até o advento do capitaloceno.
esse é meu singelo rugido e o de outras tantas /que rugem através da aparência de conformidade.